Síndrome do Pôr do Sol

A doença de Alzheimer, esta é considerada uma alteração no funcionamento cognitivo do indivíduo, resultado de uma complexa rede de alterações que acontecem no cérebro. Ela compromete diferentes domínios como memória, linguagem, abstração, capacidade de planejamento e percepção, que impactam nas habilidades cognitivas e funcionais, podendo ocorrer alterações de comportamento e sintomas psiquiátricos.

Ainda não existe um tratamento que possa curar ou reverter a deterioração causada pela doença, mas o que existem são manejos e intervenções, farmacológicas e não farmacológicos, que tem como objetivo aliviar sintomas como quadros de confusão, ausência de memória e angustia, causados pela falta de percepção do ambiente e emoções que permeiam o sujeito que vivencia a doença.

O maior impacto da doença está na impossibilidade do individuo na execução das atividades de vida diária sem o auxilio de um outro, que garanta segurança, qualidade de vida e bem-estar. Também nas alterações de comportamento e alterações psiquiátricas que são, na maioria dos casos um dos maiores desafios enfrentados pela a família e profissionais que trabalham com estes indivíduos.

Neste texto a intenção não é de buscar uma explicação detalhada da doença de Alzheimer, nem das intervenções farmacológicas, mas sim uma referência aos efeitos das intervenções não farmacológicas que podem auxiliar a família e o cuidador no manejo quando nos deparamos com a síndrome do pôr do sol.

O que é a síndrome do pôr do sol?

Chamamos de sundown ou síndrome do por do sol, as alterações que acontecem sempre com o fim do dia, no momento em que há uma mudança do dia para noite, o entardecer, onde alterações de comportamento e manifestações psiquiátricas podem surgir como: Agitação, desorientação temporal e espacial, confusão, delirium e agressividade.

Isso ocorre por que o indivíduo perde a percepção dos períodos de dia e noite, influenciando o ciclo circadiano que orienta o funcionamento do organismo humano. O aumentar da escuridão da noite, pode provocar a sensação de medo e agravar a insegurança do indivíduo, fazendo com que o mesmo repita, várias vezes que quer ir para sua casa, mesmo estando ao lado de familiares e cuidadores em sua casa.

Sintomas da síndrome

Alguns dos sinais que podem indicar síndrome do pôr do sol: Aumento da confusão mental, chegando até mesmo a não reconhecer que está em sua casa, pedindo muitas vezes para ir embora. Ansiedade e comportamentos como andar de um lado para outro, vagar ou gritar.

Para este tipo de intervenção não basta conhecimentos do perfil neuropsicológico do indivíduo e seus déficits, mas também devemos considerar aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A pessoa afetada pela doença pode estar sentindo dor, quadros depressivos, apresentar constipação severa, uma alimentação pobre em nutrientes e vitaminas, quadros de infecções, submetido a cansaço excessivo ou encontra-se em ambientes barulhentos e perturbadores.

Dicas para aliviar a síndrome do pôr do sol

Como proposta de intervenção não farmacológica que pode auxiliar os cuidadores e familiares no manejo de indivíduos que vivenciam a síndrome do por do sol, segue algumas dicas:

  • Reduza o barulho, a bagunça ou o número de pessoas no ambiente;
  • Promova tarefa simples como dobrar toalhas ou ligue a TV num programa familiar;
  • Coloque uma música suave e cante junto ou leia um livro;
  • Feche as cortinas ou persianas ao anoitecer e acenda as luzes para minimizaras sombras e a confusão que podem causar;
  • Propor atividades agradáveis, que possam proporcionar prazer e que possam tirar o foco do doente deste momento como: música suave, atividade física leve com bolas e círculos;
  • Quando notar a agitação do idoso, mantenha a calma, não indague, não questione, não reprima, pois isso só os deixa ainda mais nervosos e agitados.

Como podemos perceber, na demência acontece uma situação de fragilidade que necessita de um olhar sensível e afinado, onde as emoções e o ambiente influenciam diretamente sua qualidade de vida, podendo desencadear situações de conforto ou desconforto ao doente. Cabe ao familiar e ou cuidador observar essas fragilidades e criar situações positivas que minimizem essas reações causadas pela demência.

Na maioria das vezes o cuidador familiar além de estar totalmente impactado pela fragilidade do idoso, ainda enfrenta a falta de experiência e conhecimento necessários para lidar com essa situação. Tudo isso gera esgotamento emocional no “cuidador” que trata impacientemente o idoso e por consequência gera um desequilíbrio no convívio familiar.

A boa notícia é que existem profissionais especializados que podem orientar a família no sentido de amenizar esse ciclo de sofrimento.

A Senior Services oferece o serviço de assessoria para institucionalização de idosos, adaptação a instituição e também acompanha os processos de cuidado na instituição, garantindo qualidade de vida, bem-estar do idoso e segurança e tranquilidade a família.

Através de entrevistas, visitas, analise do perfil do idoso e da instituição é possível a elaboração de um plano de institucionalização sem traumas e sofrimento. Nosso trabalho está todo baseado nos aspectos BIOPSICOSOCIAIS, tendo como norteador a biografia do idoso e suas necessidades.

Fluxo de trabalho para idosos já institucionalizados ou no domicilio:

  • Entrevista com a família com psicogerontologa
  • Visitas ao idoso no domicilio ou na instituição (mínimo de 3, mínimo de 1 hora cada)
  • Visita a família para esclarecimentos de dúvidas que possam surgir
  • Elaboração de relatório conclusivo com sugestões de intervenções
  • Apresentação do relatório conclusivo a família (mínimo de 2 horas)

Fluxo de trabalho para idosos ainda não institucionalizados:

  • Entrevista inicial família e idoso, com psicogerontologa, para saber das expectativas e real necessidade da institucionalização
  • Depois disto através de pesquisa detalhada das instituições, apresentação e auxílio a família ou idoso na escolha das que melhor atenda às suas necessidades
  • Visita a instituições eleitas (elaboração dos pontos observados)
  • Encontros com a família ou idosos para apresentação do relatório e escolha da instituição (frequência a ser definido)
  • Auxilio no processo de institucionalização (documentos e normas da instituição)
  • Elaboração de relatório final com sugestões a instituição e família para melhor adaptação do idoso a instituição

 

Margherita de Cassia Mizan

Psicóloga com formação em teoria psicanalítica pela PUC-SP, Terapeuta Sistêmica de família e casal pela UNIFESP, Gerontologa pelo Instituto de Estudo e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein/SP e Mestre em Gerontologia pela PUC-SP, 14 anos de Trabalho no Residencial Israelita Albert Einstein – RIAE/SP e 7 anos de trabalho na Senior Services, em um total de 20 anos de trabalho com idosos frágeis.

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